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18 de janeiro de 2011

A IMPORTÂNCIA DA LEITURA E LITERATURA INFANTIL




É através da leitura que fazemos a internalização das informações e por meio desta adquirimos a habilidade de ver as coisas com novos significados, novas perspectivas, além do que a leitura é uma forma de nos apropriarmos da realidade na qual estamos condicionados. Fazer uma conscientização dessa importância, principalmente na base da formação dos futuros leitores que se inicia nas séries iniciais do Ensino Fundamental, enfatizando que independente do tipo de leitura, seja ela informativa ou não, apresenta uma relação com o real, despertando também o imaginário, a criatividade, realçando ainda que a mesma é mediadora entre cada ser humano, facilitando a comunicação entre todos.

 A infância é o melhor momento para o indivíduo iniciar sua emancipação mediante a função liberatória da palavra. É entre os oito e treze anos de idade que as crianças revelam maior interesse pela leitura. O estudioso Richard Bamberger reforça a idéia de que é importante habituar a criança às palavras. "Se conseguirmos fazer com que a criança tenha sistematicamente uma experiência positiva com a linguagem, estaremos promovendo o seu desenvolvimento como ser humano."

Inúmeros pesquisadores têm-se empenhado em mostrar aos pais e professores a importância de se incluir o livro no dia-a-dia da criança. Bamberger afirma que, comparada ao cinema, ao rádio e à televisão, a leitura tem vantagens únicas.

Em vez de precisar escolher entre uma variedade limitada, posta à sua disposição por cortesia do patrocinador comercial, ou entre os filmes disponíveis no momento, o leitor pode escolher entre os melhores escritos do presente e do passado.

Lê onde e quando mais lhe convém, no ritmo que mais lhe agrada, podendo retardar ou apressar a leitura; interrompê-la, reler ou parar para refletir, a seu bel-prazer. Lê o que, quando, onde e como bem entender. 


Essa flexibilidade garante o interesse continuo pela leitura, tanto em relação à educação quanto ao entretenimento.

A professora e autora Maria Helena Martins chama a atenção para um contato sensorial com o objeto livro, que, segundo ela, revela "um prazer singular" na criança. Na leitura, por meio dos sentidos, a criança é atraída pela curiosidade, pelo formato, pelo manuseio fácil e pelas possibilidades emotivas que o livro pode conter. 



A autora comenta que "esse jogo com o universo escondido no livro "pode estimular no pequeno leitor a descoberta e o aprimoramento da linguagem, desenvolvendo sua capacidade de comunicação com o mundo.

Esses primeiros contatos despertam na criança o desejo de concretizar o ato de ler o texto escrito, facilitando o processo de alfabetização. A possibilidade de que essa experiência sensorial ocorra será maior quanto mais freqüente for o contato da criança com o livro. Às crianças brasileiras, o acesso ao livro é dificultado por uma conjunção de fatores sociais, econômicos e políticos. São raras as bibliotecas escolares. As existentes não dispõem de um acervo adequado, e/ou de profissionais aptos a orientar o público infantil no sentido de um contato agradável e propício com os livros.


Mais raras ainda são as bibliotecas domésticas. Os pais, quando se interessam em comprar livros, muitas vezes os escolhem pela capa por falta de uma orientação direcionada às preferências das crianças.

É de extrema importância para os pais e educadores discutir o que é leitura, a importância do livro no processo de formação do leitor, bem como, o ensino da literatura infantil como processo para o desenvolvimento do leitor crítico.

Podemos tomar as orientações da professora Regina Zilberman, estudiosa em literatura infanto-juvenil e leitura, como forma de motivarmos as crianças e os jovens ao hábito de ler: abordar as relações entre a literatura e ensino legitimando a função da leitura, sugerindo livros, assim como atividades didáticas, a fim de alcançar o uso da obra literária em sala de aula e nas suas casas com objetivos cognitivos, e não apenas pedagógicos; considerar o confronto entre a criação para crianças e o livro didático, tornando o último passível de uma visão crítica e o primeiro ponto de partida para a consideração dos interesses do leitor e da importância da leitura como desencadeadora de uma postura reflexiva perante a realidade.

Através da linguagem simbólica, a literatura infantil pode influenciar na formação da criança, que passa a conhecer o mundo em que vive de maneira a compreender: o bem e o mal, o certo e o errado, o belo e o feito, amor e raiva, a dor e o alivio, entre outros. Por isso, aos poucos, a criança compreende o mundo adulto do qual faz parte. Assim como destaca GOES (1990, p. 16)

"A leitura para a criança não é, como às vezes se ouve, meio de evasão ou apenas compensação. É um modo de representação do real. Através de um "fingimento", o leitor re-age, re-avalia, experimenta as próprias emoções e reações."

A literatura infantil cumpre, hoje, a responsabilidade de entreter e divertir e, principalmente formar na criança uma consciência de mundo. Após este breve comentário a cerca da importância do incentivo à leitura, abordarei agora, as fábulas, em sua origem, conceito e sua moral. A fábula se originou da necessidade natural que o homem sente de expressar seus pensamentos por meio de imagens, emblemas ou símbolos. A mesma teve o Oriente Médio como seu berço, tendo aparecido naturalmente por conseqüência do desenvolvimento histórico da idéia de arte.

Essa forma literária tem um caráter critico. Tal fato levou a pensar que a fábula nasceu da necessidade critica do homem. Esse mesmo conceito levou a pensar que a fábula deve sua origem à escravidão

Caracterizando, a fábula é uma pequena narração de acontecimentos fictícios que tem como finalidades, divertir e instruir. Essas histórias devem ser escritas em estilo simples e fácil e concebidas em prosa ou em verso. As fábulas como "A cigarra e a formiga", "A tartaruga e a lebre", "A cegonha e a raposa" , por exemplo, são histórias antigas, que sempre trazem uma lição àqueles que as escutam. São muito importantes para a formação do caráter da criança. É fundamental que o educador comente com a criança ao final, ajudando a firmar as lições que elas trazem.

Porém, o emprego da fábula, no ensino, provocou resistências desde o começo da moderna didática. Rosseau, em seu radicalismo questiona o valor de instrução que as fabulas exercem sobre as crianças, visto que elas partem da realidade, mas não são verdades absolutas, e que é muito difícil fazer a criança entender a moral das fábulas, pois as idéias estão fora de seu alcance.

A moral das fábulas é o aspecto muito polêmico, pois, ela pode passar uma dualidade de sentidos, conforme afirma Rousseau. Sendo assim, é aconselhável uma cuidadosa seleção das fábulas antes que sejam oferecidas para as crianças. Elas devem reunir conceitos mais claros e objetivos e condições para que não permitam confusões interpretativas.

A leitura é uma forma de recreação muito importante para a criança, principalmente para o seu desenvolvimento intelectual, psicológico e afetivo. Esta desempenha papel fundamental na vida da criança, pela riqueza de motivações, sugestões e de recursos que oferece ao seu desenvolvimento.

A leitura infantil é um dos fatores para que a criança consiga buscar a sua realização, fazendo com que as novas gerações criem uma responsabilidade quanto à mudanças de seus hábitos, de maneira a que o hábito da leitura seja realizado desde os primeiros anos de idade, contribuindo em sua formação sob todos os aspectos.

Assim, com relação à leitura e à literatura infantil, pais e professores devem explorar a função educacional do texto literário: ficção e poesia por meio da seleção e análise de livros infantis; do desenvolvimento do lúdico e do domínio da linguagem; do trabalho com projetos de literatura infantil em sala de aula, utilizando as histórias infantis como caminho para o ensino multidisciplinar.

Estratégias para o uso de textos infantis no aprendizado da leitura, interpretação e produção de textos também são exploradas com o intuito final de promover um ensino de qualidade, prazeroso e direcionado à criança. Somente desta forma, transformaremos o Brasil num país de leitores.

Portanto o professor e a escola devem favorecer a leitura, trabalhando-a para o desenvolvimento do senso crítico, o raciocínio, enfatizando que a mesma propicia momentos prazerosos e possibilita novas descobertas e assim mais conhecimentos, além de enriquecer o vocabulário, o aprimoramento da grafia e conseqüentemente a dicção, evidenciando ainda que a leitura proporcione resultados benéficos não apenas nas pesquisas escolares, mas principalmente em sua vida social.


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